Sentei para fazer a lista de filmes de janeiro e fiquei chocada com a quantidade de filmes assistidos. Em dezembro também foram poucos filmes, e a verdade é que a vida anda corrida demais para filmes e estressante o suficiente para pedir coisas mais rápidas e leves. Assistimos a muitas séries nos últimos meses, e talvez seja uma boa ideia começar a falar mais sobre elas por aqui. O que acham? No meio tempo, sigo com a tradição e falo sobre os filmes que vi nas últimas semanas. Como vocês já viram pela imagem acima, foi um mês quase esquizofrênico. De um lado, filmes densos como Animais Noturnos e The Autopsy of Jane Doe. Do outro, comédias leves – rasas até, eu diria. E o veredito está aí embaixo, é só continuar lendo!
OS MELHORES DO MÊS
ANIMAIS NOTURNOS (2016)
Animais Noturnos foi o motivo pelo qual minha lista de favoritos de 2016 atrasou. O filme estreou no finalzinho de dezembro e eu só pude assistir em janeiro. E minha suspeita de que ele entraria na lista se confirmou: ele não só entrou, como abocanhou o quarto lugar. Veja minha resenha aqui.
THE AUTOPSY OF JANE DOE (2016)
Em The Autopsy o Jane Doe, pai (Brian Cox) e filho (Emile Hirsch) são legistas em uma pequena cidade dos EUA. O corpo de uma mulher não identificada é encontrado em uma situação peculiar, e durante a autópsia, eles fazem descobertas assustadoras, e estranhos acontecimentos tomam conta do local.
Dirigido por André Øvredal, de O Caçador de Troll, o filme de terror tem ótima ambientação. A construção do clima é feita de maneira gradual e natural, de maneira que torna os eventos mais assustadores e críveis. A limitação de espaço físico, dada ao fato de o filme se passar praticamente todo em um único ambiente, claustrofóbico e sombrio, torna tudo mais amendrontador, sem que sejam necessárias pirotecnias muito elaboradas. Há uma boa química entre a dupla de protagonistas, e as histórias pregressas dos personagens não são aleatórias e cumprem um papel importante no desenvolvimento da trama. Um bom exemplar do gênero.
NEM LÁ, NEM CÁ…
ANJOS DA LEI 2 (22 JUMP STREET, 2014)
Na continuação do filme de 2012, os personagens de Jonah Hill e Channing Tatum retornam para uma nova missão como policiais disfarçados de estudantes. Dessa vez, eles se infiltram em uma faculdade para descobrir quem está vendendo uma nova droga chamada WHYPHY.
A comédia acerta ao manter a mesma estrutura que o antecessor. A dupla de protagonistas se equilibra (embora Jonah Hill se saia bem melhor que Channing Tatum), mas as relações com os outros personagens é superficial e pouco interessante. Enquanto o filme parodia a si mesmo, as piadas funcionam. Quando se leva a sério, torna-se caricato e previsível.
ARRUME UM EMPREGO (GET A JOB, 2016)
Miles Teller e Anna Kendrick interpretam um casal recém formado que passa a enfrentar as dificuldades da vida profissional. Enquanto Jillian (Kendrick) parece iniciar uma carreira corporativa promissora, Will (Teller) perde o emprego antes mesmo de começar e já passa a enfrentar dificuldades financeiras e incertezas. Ao mesmo tempo, seu pai (Bryan Cranston) e amigos também passam por transformações profissionais.
A comédia, bastante rasa, se perde nas diversas subtramas que procura desenvolver. O relacionamento entre Will e Jillian nunca parece verossímil, tamanha a falta de química entre os dois. O pai de Will, interpretado pelo grande Bryan Cranston, é um personagem caricato e está muito aquém da capacidade do ator. Os amigos e colegas de trabalho de Will, bem como seus empregadores, caem na mesma categoria. Numa tentativa de criar situações cômicas, o filme acaba não desenvolvendo bem nenhum de seus personagens, e caminha por escolhas fáceis e fúteis.
LANTERNINHA
O MAIOR AMOR DO MUNDO (MOTHER’S DAY, 2016)
Quatro histórias se conectam: Sandy (Jennifer Aniston) é mãe de dois meninos e seu ex-marido recentemente se casou com uma mulher mais nova. Miranda (Julia Roberts) é uma escritora de sucesso que deixou sua filha para adoção, anos atrás. Jesse (Kate Hudson) se distanciou da mãe porque ela não aceitava seu namoro, mas quer retomar o contato com ela. Bradley (Jason Sudeikis) é um viúvo que precisa aprender a se comunicar com suas filhas depois do falecimento de sua esposa.
Dirigida por Garry Marshall, essa comédia dramática se encaixa nos moldes de outros dois de seus filmes: Idas e Vindas do Amor (Valentine’s Day, 2010) e Noite de Ano Novo (New Year’s Eve, 2011). Apesar dos elencos estelares, falta, aos três filmes, mais unidade e histórias e personagens mais interessantes. Ao contar diversas histórias, Garry acaba não contando nenhuma propriamente, ainda que possa lançar mão de elencos estelares e competentes. Falta a graça e a profundidade de filmes como Simplesmente Amor (Love Actually, 2003), que, apesar de contar diversas histórias, o faz com primor.
Animais Noturnos é um dos melhores que assisti ultimamente. Uma pena ter sido tão preterido no Oscar, assim como a Amy Adams. Ah…Faça mais críticas se não for pedir muito, rs!
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Oi, Léo! Você quis dizer críticas mais longas? Eu sempre falo sobre todos os filmes que assisto, mas nessas críticas mais curtinhas. Fazia algumas mais aprofundadas mas ultimamente tinha perdido a vontade… Vou tentar voltar!
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Esses textos menores são bem bacanas, eu gosto! Mas seria legal ver um textão de Arrival ou Moonlight, hehe!
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Vou tentar! 😀
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